quinta-feira, 17 de maio de 2012

O dia em que a Galinha quis ser livre

Era uma bela tarde de Quarta-Feira. O dia...16 de Maio de 2012. O relógio marcava um minuto qualquer entre as seis da tarde. A viagem era curta. Como de costume, casa-ginásio. Ao iniciar a marcha foi prontamente invadido por pensamentos relacionados com o clima. Admirava-me àquela hora do dia que o carro marcasse 28º graus. Imaginei as praias...certamente bem ocupadas tendo em conta que quem não chora não mama e os desempregados deste país gostam mesmo é de viver a vida. Estava, portanto, em filosofias mentais dignas da hora quando........


....e melhor que isto não consigo exemplificar. A primeira imagem que me surge no angulo de visão impecável de um jovem da minha idade, é uma galinha a dobrar uma esquina e a "galgar" avenida acima como se lhe tivessem posto fogo no rabo ou tivesse acabado de "fazer" um banco. De início exclui a hipótese da agência bancária porque àquela hora nenhuma, ou poucas, estão abertas. No entanto, rapidamente deixo de pensar em qual o motivo que levaria a dita galinha a correr como uma desalmada. Só pensei "estamos no meio da cidade, em plena Foz do Douro e eu estou a ver uma galinha a correr nesta avenida...isto não é normal." Um gato, um cão...até um cavalo (os da "GeNéRe) seria o normal do dia a dia....não uma galinha. Mas o anormal teve contornos ainda mais incríveis, é que, em perseguição à galinha surgiu de repente uma senhora idosa que num correr muito dificultado pela bengala e um ou dois sacos, gritava enquanto perseguia o galináceo "anda cá Caralho, anda cá" intercalando com "se te apanho fodo-te". A aventura para mim terminaria ali. Trânsito moderado e dificuldade em parar o carro sem provocar o caos impediam-me de colocar um ponto final na história, assim como de fotografar o momento. O tempo que me restou de viagem e a hora e meia de treino que se seguiram, foram de uma confusão mental incrível. Ponderei atingir o Nirvana para entender o que se passou. Contudo, não me pareceu algo alcançável no momento. 

Penso que entre a Lontra da Foz e a Galinha da Marechal há um recado. Uma mensagem a tentar ser transmitida. A única que me passa pela cabeça é que não tarda e já posso caçar na cidade. O Jantar já não terá de ser comprado no Pingo Doce, as filas nas promoções têm um fim à vista, mas a probabilidade de levar com uma seta ou um balázio na nádega, claramente que vai aumentar. 

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