domingo, 18 de setembro de 2011

Interior esquecido



Aldeia de Montesinho, isolada no Parque Natural de Montesinho. Habitantes não passam dos 20. Os mais novos de há uns anos, são agora graúdos agarrados a cervejas no intervalo de levar o tractor de um campo para outro. Não têm mais de 18 anos e já não frequentaram a escola da sua terra, abandonada há mais de duas décadas, e que hoje não passa de um "santuário" de dedicatórias pessoais e mensagens de "turistas" de aldeias vizinhas. Como muitas outras, esta segue a arquitectura "geminada" de fácil e barata execução. Fala-se na possibilidade de a reestruturarem em Casa Turismo Habitação, ideia que já deveria ter sido implementada se os fundos para tal não tivessem sido cortados. Afinal, a política do abandono do interior esquecido mantém-se, num país que pelo preço de uma viatura de um qualquer ministro, poderia muito bem apostar no turismo. É que é fácil perceber que o Norte da Europa adora o Norte de Portugal, o sossego das nossas montanhas, a pureza das nossas águas, a terra fértil dos nossos terrenos. Mas talvez o turismo não seja assim tão importante. Talvez só se aposte em turismo neste país quando a obra é suficientemente grande para "inglês ver."



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